Local: Los Angeles; California; Estados Unidos. Data: 5 de Abril de 1977. Nesta época, Gianna Jessen tinha apenas sete meses e meio de vida, sua mãe era uma adolescente com 17 e foi a uma clínica médica, chamada Planned Parenthood, para abortá-la. O tipo de aborto que a mãe de Gianna escolheu realizar foi o método da introdução de solução salina no útero.
O líquido
tem como objetivo fazer com que pequenino corpo do feto seja envolvido e
queimado. Quando ele ingere o líquido também sofre queimaduras internas. Morre.
Após 24 horas o corpo retirado.
Entretanto,
Gianna foi retirada de dentro do corpo de sua mãe biológica ainda com vida. Ela
sobreviveu ao ataque genocida. Pesava dois quilos. Infelizmente a concentração
de soro fisiológico no útero durante um dia inteiro resultou em uma falta de
oxigênio em seu cérebro, isso fez com que fosse acometida de paralisia
cerebral.
Ainda um
ser humano miúdo, indefeso e só, ela permaneceu por quase três meses internada
em um hospital. Depois, foi colocada em um orfanato e criada em lares adotivos
até ser adotada por uma família aos quatro anos de idade.
Ainda
bebê, era preciso ajuda para que ficasse sentada, os médicos que trataram dela
disseram que ela não sobreviveria, apesar de demonstrar muita vontade de viver
e lutar por sua vida. Duvidavam que ela chegasse a engatinhar, ficar em pé e
andar. Porém, aos cinco anos ela andava com muletas e andador. Com a
intervenção de quatro cirurgias e fisioterapia hoje ela caminha sem aparelhos
ortopédicos. Ela é uma pessoa de muita fé e acredita que as intercessões de
orações da mãe adotiva são responsáveis por seu progresso.
Por causa
da paralisia cerebral, às vezes perde o equilíbrio. Reage com bom humor ao
falar das quedas, diz que aprendeu a cair graciosamente. Ela cai, mas não fica
prostrada. Trata bem seu físico, suas pernas são capazes de erguer 200 quilos
ao usar aparelhos de pressão em uma academia de ginástica.
Em 1991,
aos 14 anos, a mãe adotiva, Dianna DePaul, contou a Gianna sobre as condições
de deu nascimento. Então ela se tornou uma ativista em favor da consciência do
problema de paralisia cerebral e contrária às políticas de aborto. Não demorou
para que a sociedade americana tomasse conhecimento de seu caso, em 1995 a
escritora Jessica Shaver publicou uma biografia sobre a vida dela (editora:
Tyndale House Publishers). Em 1996 ela percorreu toda a Australia fazendo
conferência pró-vida. Em 2005 fez campanhas na Ingleterra e discursou na Câmara
dos Comuns defendendo estratégias políticas para reduzir o número de abortos.
Em 2006, convidada por Ted Harvey, político do Colorado, compareceu na State
House Representatives - a variante da Assembleia Legislativa no Brasil -
durante ato de homenagem ao Planned Parenthood (a instituição que tentou
abortá-la) e cantou para todos Star-Spangled Banner, gerando a comoção dos
presententes. E Harvey em seguida protestou contra as práticas abortivas, e
disse a todos sobre a triste história dela. O fato interessou a imprensa
nacional. Em 2008, Gianna participou da campanha presidencial dos Estados
Unidos, contra Barack Obama, que é favorável ao aborto, e novamente viajou pela
Australia fazendo contatos com políticos federais daquela nação para convencer
a mudar a questão de abortos de fetos em gestações avançadas.
Gianna treinou e correu a Maratona de Londres com a finalidade de arrecadar fundos para o tratamento da paralisia cerebral. Sua participação no evento durou oito horas e meia, terminou a corrida com os pés sangrando e muitas dores nas articulações.
Gianna treinou e correu a Maratona de Londres com a finalidade de arrecadar fundos para o tratamento da paralisia cerebral. Sua participação no evento durou oito horas e meia, terminou a corrida com os pés sangrando e muitas dores nas articulações.
Ela faz
questão de esclarecer que a paralisia que ela sofre é em consequência da
escolha sua mãe biológica, que quis descarta-la aos sete meses e meio de
gestação.
A
sobrevivência de Gianna fez dela um símbolo na luta contra as práticas de
aborto. Sua história inspirou a produção de um filme anti-aborto em 2011,
intitulado “October Baby” e colaborou para a criação de lei em seu país, os
Estados Unidos, impondo algumas barreiras à liberdade de práticas abortivas.
Com mais
de trinta anos de idade Gianna Jessen ainda tem aparência jovem. Apesar de
demonstrar tanta garra parece frágil. Por onde passa recebe atenção de pessoas
que oferecem apoio ao caminhar.
Ela tem
realizado campanhas pró-vida junto a Catholic Answers Live, é uma pessoa que
expressa eloquência ao falar de seu amor, fé e gratidão a Deus. Mas ela não faz
menção de ser cristã católica ou cristã evangélica, simplesmente rotula-se como
cristã. Talvez prefira agir assim para preservar seu acesso em todas as camadas
religiosas da sociedade e em suas palestras manter bem claro o foco no assunto
que realmente quer comunicar: a oposição ao aborto.
Gianna é
cantora, dona de uma voz apreciada. Gravou seu primeiro CD musical em 1993,
entoa canções com temática gospel.
Assista: Gianna Jessen - a sobrevivente de um aborto (parte 1, parte 2).
Assista: Gianna Jessen - a sobrevivente de um aborto (parte 1, parte 2).
às 6:00:00 PM
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Postado
por Eliseu Antonio Gomes